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Azulejaria e ornamentação cerâmica na Arquitectura do Romantismo

História, Técnicas, Conservação e Restauro

 

CURSO LIVRE

Porto, Museu Nacional Soares dos Reis

8 e 9 de Novembro de 2007

 

 

objectivos do curso

Este pioneiro curso livre intensivo incidiu numa temática que apenas muito raramente é abordada no âmbito da formação superior existente em História da Arte e em Conservação e Restauro: a azulejaria de fachada e toda a espécie de artefactos cerâmicos aplicados à arquitectura portuguesa da segunda metade do século XIX.

Dentro da azulejaria portuguesa, é sabido que o século XIX continua a ser o período histórico menos estudado, subsistindo ainda bastantes dúvidas e até algumas mistificações. Por outro lado, quando se aborda o tema da cerâmica aplicada à arquitectura portuguesa do Romantismo omite-se normalmente a estatuária de fachada, os calões decorados, as balaustradas e arabescos, os vasos decorativos, pinhas e globos - elementos que se complementam entre si e formam, muitas vezes, conjuntos notáveis. Paradoxalmente, a compreensão do valor patrimonial da cerâmica aplicada à arquitectura do século XIX tem implicações muito fortes na questão da reabilitação dos centros históricos portugueses e da própria imagem dos mesmos.

Assim, neste curso livre abordou-se o tema da cerâmica aplicada à arquitectura portuguesa do Romantismo, de forma interdisciplinar e minimamente aprofundada (ainda que forçosamente resumida), cobrindo a análise histórica e a análise artística, mas passando também pelas questões técnicas e pelos problemas relacionados com a conservação e o restauro.

Tal como em anteriores cursos livres de conservação e restauro por nós leccionados, não foram feitas meras declarações de intenções sobre a temática em causa, nem se enveredou por uma via teórica estereotipada. Antes procurou-se chamar a atenção para vários aspectos geralmente negligenciados, como a evolução histórica no trabalho dos materiais, os critérios de avaliação patrimonial de componentes não eruditas da arquitectura portuguesa e as consequentes estratégias de intervenção a diferentes escalas.

Foram também apresentados dados inéditos sobre a história da produção de artefactos cerâmicos para fachadas, fruto de investigação recente. Efectivamente, os formadores possuem experiência de investigação, de formação e/ou de prática conservativa nesta área, pelo que o curso foi conduzido de forma personalizada e com ligação à realidade. A imagem foi um recurso permanente e abundante (cerca de mil e quinhentas imagens foram projectadas e comentadas).

Os participantes no curso receberam documentação em versão electrónica e certificado de participação (baseado em folhas de presença).

 

 

Conteúdos temáticos do curso

 

1. Artefactos cerâmicos na arquitectura do Romantismo – origens, motivações, estéticas (por Francisco Queiroz): é feito um ponto da situação relativamente ao que já se sabe e ao que ainda não se sabe sobre este tema, tocando em questões incontornáveis como a alegada influência no sentido Brasil-Portugal. Paralelamente, é demonstrado como se processou a influência no sentido Portugal-Brasil e a que revivalismos ou tipologias de edifícios andou geralmente associado o uso de azulejaria e de outros artefactos cerâmicos para aplicação no exterior de edifícios, estendendo-se a abordagem até ao período Arte Nova.

 

2. Artefactos cerâmicos na arquitectura do Romantismo – as fábricas, as áreas de influência, o tipo de produção, os catálogos, os artistas, os estilos (por Ana Margarida Portela): com base na investigação que tem sido levada a cabo nos últimos anos, são apresentadas as principais fábricas que produziram estes artefactos, o essencial da sua história, a sua gama de produção e área de influência, assim como elementos estéticos ou técnicos que possam ajudar a definir o seu estilo.

 

3. Artefactos cerâmicos na arquitectura do Romantismo – evolução dos materiais e das técnicas (por Ana Margarida Portela): é explicado como se processava no século XIX o fabrico de azulejos e de outras peças cerâmicas para aplicação à arquitectura (nomeadamente a estatuária para remate de fachadas e para decoração de jardins).

 

4. Causas de alteração dos artefactos cerâmicos aplicados na arquitectura do Romantismo e suas patologias mais comuns (por Ana Margarida Portela): são abordados os defeitos de fabrico, as diversas agressões ambientais actuais, os problemas de interacção física e química entre materiais e a relação de interdependência conservativa entre os artefactos e os edifícios onde estão aplicados.

 

5. Estratégias de conservação e restauro de artefactos cerâmicos aplicados na arquitectura do Romantismo (por Isabel Ferreira): com base em exemplos concretos da prática profissional, são apresentados critérios de restauro integrado de artefactos cerâmicos existentes em fachadas de edifícios, enumerando-se vantagens, desvantagens e problemas associados às várias opções possíveis de restauro e conservação. Aborda-se a questão da percepção do valor patrimonial dos artefactos cerâmicos na arquitectura vernacular da época do Romantismo e a incompatibilidade destes artefactos com materiais usados actualmente na construção civil. Faz-se referência a alguns produtos, equipamentos e técnicas mais comuns para intervenções conservativas.

 

 

Formato do curso

O curso realizou-se em formato intensivo, num total de 14 horas assim distribuídas:

Quinta-feira, 8 de Novembro - 10:00-13:00 / 14:30-18:30

Sexta-feira, 9 de Novembro - 9:30-12:30 / 14:00-18:00

 

 

Destinatários do curso

Estudantes de licenciaturas e de pós-graduações, sobretudo das seguintes áreas: História da Arte, Conservação e Restauro, Arquitectura, Gestão do Património, Arqueologia e Engenharia Civil.

Investigadores e docentes universitários das áreas supramencionadas ou de áreas conexas.

Proprietários de edifícios com azulejaria de fachada e outros artefactos cerâmicos, especialmente aqueles proprietários que tenham interesse em empreender projectos de restauro e valorização dos seus imóveis.

Técnicos superiores de autarquias, museus e organismos oficiais ligados ao Património.

Arquitectos e responsáveis por gabinetes de centros históricos, de SRUs ou GTLs.

Conservadores/restauradores.

Empresas de reabilitação de edifícios.

Antiquários.

Responsáveis pela manutenção e gestão de edifícios históricos (igrejas e conventos, museus, casas solarengas, etc.).

Outros interessados no tema, independentemente da sua formação, na perspectiva de um enriquecimento técnico, cultural ou pessoal.

 

 

Formadores do curso

 

Francisco Queiroz

Licenciado, Mestre e Doutor em História da Arte (FLUP). É docente do Curso de Arquitectura da Escola Superior Artística do Porto, onde tem a seu cargo a disciplina de História da Arquitectura e do Urbanismo. Investigador na área da história das artes industriais (ferro, cantarias e cerâmica aplicada à arquitectura do século XIX), possui vários trabalhos publicados dentro desta temática.

(dados biográficos de 2007)

 

Ana Margarida Portela

Licenciada em Conservação e Restauro (IPT), Mestre em História da Arte em Portugal (FLUP), com uma tese sobre a Fábrica de Cerâmica das Devesas. Foi professora de Patologias e Técnicas de Conservação e Restauro e de Gestão e Técnicas de Construção no âmbito do ensino técnico-profissional. Hoje, dedica-se à investigação praticamente a tempo inteiro, quer como consultora no âmbito de intervenções em edifícios históricos, quer como doutoranda em História da Arte, estando a elaborar uma dissertação precisamente sobre a cerâmica aplicada à arquitectura portuguesa do Romantismo.

(dados biográficos de 2007) 

 

Isabel Ferreira

Licenciada em Arqueologia (FLUP), com posterior formação em Conservação e Restauro de Azulejos pelo IPPAR. Mestranda em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico (Universidade de Évora), aguarda actualmente (2007) as provas da sua dissertação, a qual versa o tema dos materiais cerâmicos aplicados à arquitectura do Romantismo. É responsável pelo atelier de conservação e restauro de revestimentos e ornamentos cerâmicos de fachada da Câmara Municipal de Ovar, onde desenvolve um trabalho pioneiro e de reconhecido mérito.

(dados biográficos de 2007) 

 

 

 

Inscrição no curso

Valor de inscrição no curso – 65 €

Valor de inscrição no curso para estudantes de licenciatura e para sócios do Círculo Dr. José de Figueiredo (Amigos do Museu Nacional de Soares dos Reis) – 40 €

 

 

estatísticas deste curso e opiniões recolhidas através dos inquéritos

Total de participantes inscritos - 23 (profissionais e estudantes das áreas da História da Arte, Conservação e Restauro, Arquitectura, Museologia, Arqueologia e Turismo)

Proveniência dos participantes no curso - Grande Porto, Minho, Região Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Açores

Como habitualmente, dando total transparência aos resultados da nossa actividade na área da formação avançada em Conservação e Restauro, apresentámos em seguida um resumo das opiniões sobre este curso (dadas anonimamente e por escrito):

 

numa escala de 1 a 20, este curso foi classificado pelos participantes do seguinte modo:

 

- Quanto à capacidade científica dos formadores:

19, 15, 17, 17, 19, 13, 19, 13, 17-18, 15, 20, 19, [17-16-17], 17, 16, 17, 18, 16, 19, Boa

 

- Quanto à capacidade pedagógica dos formadores:

19, 19, 16, 16, 17, 13, 20, 12, 16-17, 15, 20, 15, [17-11-17], [16-10-16], [16-13-15] 15, 17, 17, 19, Boa

 

- Quanto ao interesse dos temas e sua utilidade na profissão actual ou futura:

"21", 17, 18, 18, 17, 16, 19, 17, 20, 18, 15, 19, 18, 17, 17, 17, 20, 18, 16, - ("maior utilidade no tema apresentado pela Dra. Isabel Ferreira")

 

- Quanto à relação custo/qualidade:

18, 19, 18, 18, 19, 15, 19, 14, 16, 9, 18, 19, 16, 15, 20, 15, 19, 16, 20, Boa

 

 

Pontos fortes mencionados pelos participantes:

- "o tema", "adorei o curso, particularmente da forma como foi apresentado e do facto de exporem aqui uma série de temas inéditos"

- "atingiu as minhas expectativas"

- "parabéns pela iniciativa e boa continuação na divulgação deste Património, que bem precisa de acções como esta"

- "boa oralidade", "transmissão de conteúdos", "boa exposição", "capacidade científico-pedagógica", "enorme capacidade dos formadores em estabelecer um discurso acessível"

- "excelente pesquisa", "muitos elementos fotográficos" (referido duas vezes), "bem documentado", "diversidade e abundância no material apresentado" (referido duas vezes)

- "bem estruturado", "organização dos temas" (referido duas vezes)

- "muitos exemplos práticos", "um dos pontos fortes foi a intervenção da Dra. Isabel (...) assim ficamos com uma visão não teórica e mas prática dos nossos trabalhos futuros"

  

pontos fracos mencionados pelos participantes

- "sala demasiado impessoal, que dificulta a troca de ideias entre participantes", "pouco tempo de formação, o que não permitiu que se dialogasse mais"

- "tema das fábricas pouco aprofundado", "explicação menos boa da temática das fábricas", "deviam aprofundar mais a questão da identificação de padrões ao nível de nome/tipo/época e respectivas fábricas", "deveriam focar mais a técnica da execução dos padrões dos azulejos e não focar tão aprofundadamente a história do azulejo do século XIX"

- "os formadores deveriam ter um método pedagógico mais atractivo, não caindo na monotonia do excesso de imagens", "repetição na identificação dos problemas e défice de informação quanto à sua resolução"

- "apresentação demasiado rápida"

- "ausência de uma abordagem mais conclusiva sobre a manutenção/complementaridade dos elementos azulejares enquanto elemento integrante para a compreensão da totalidade do edifício ou até no contexto urbano"

- "demasiado destaque à Fábrica de Cerâmica das Devesas em detrimento das outras, mesmo que mais pequenas"

- "divulgação um bocadinho deficiente"

- "ausência de documentação nos dias do curso livre" (referido duas vezes - a documentação foi enviada dois dias depois)

 

 

algumas das sugestões referidas pelos PArticipantes:

"mais cursos de sensibilização para casos problemáticos"

"maior divulgação" (referido duas vezes)

"fechar as inscrições mais cedo"

"seria interessante acompanhar esta acção de uma visita in situ facilmente realizável na cidade do Porto" [esta sugestão foi também feita para Ovar], "um módulo eminentemente prático, no mínimo de observação, talvez noutra formação, que poderia ser realizada em parceria com o Atelier de Conservação e Restauro de Azulejo da Câmara Municipal de Ovar"

"talvez, numa próxima vez, acrescentar um dia para haver menos horas por dia", "mais duas horas para especificar melhor a parte de Conservação e Restauro", "mais tempo para debate"

 

 

Comentário dos formadores a estes resultados: o valor médio de 17, que se pode contabilizar em todos os itens, demonstra bem a elevada qualidade do curso, o que nos deixa bastante satisfeitos, atendendo à dificuldade do tema (devido à falta de pesquisa sistemática e bibliografia específica) e também ao facto do mesmo ter sido apresentado de um modo interdisciplinar para um conjunto de participantes provenientes de diferentes áreas. Precisamente por este facto, não nos surpreendeu que tivessem surgido sugestões contraditórias quanto ao maior ênfase que poderia ter sido dado a certos temas.

 

 

 

 

conheça a opinião dos participantes nos cursos livres de 2005

Veja aqui quais os cursos livres que irão decorrer brevemente

veja também Conservação e Restauro - consultoria

 

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Em linha desde (online since): 2004 | Página actualizada em (last modified): 17-10-2011