Integrated Territorial and Urban Conservation
Restoration of Architectonic and Industrial Heritage
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A Casa de Tralhariz e a Capela do bom jesus Ana Margarida Portela / Francisco Queiroz
Edição: Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto GEHVID – Grupo de Estudos de História da Viticultura Duriense e do Vinho do Porto Porto, 2007, 112 páginas
Na remota aldeia duriense de Tralhariz subsistem dois marcantes edifícios do século XVIII: a Casa de Tralhariz e a Capela do Bom Jesus. À Casa de Tralhariz estiveram ligadas algumas das mais influentes famílias da região de Carrazeda de Ansiães, como os Sampaios, os Morais, os Tavares e os Frias. Nesta casa viveriam ainda dois governadores de Moçambique, de famílias distintas e em diferentes épocas. Quanto à Capela do Bom Jesus, pequena ermida abandonada num cabeço quase inacessível, trata-se de um dos mais interessantes exemplos de calvário rural, com pinturas murais barrocas. Neste livro faz-se a análise aos dois edifícios referidos, no contexto desta pequena aldeia alcantilada sobre o Rio Tua, onde os Távoras tiveram morgadio. Para além da inevitável abordagem histórica, os autores enveredaram também pelas vertentes da História da Família e da História da Arte.
sumário do livro Prefácio 1. Introdução 1.1 Caracterização
morfológica da aldeia de Tralhariz 1.2 Os edifícios
religiosos em Tralhariz 2. A Capela do Bom
Jesus de Tralhariz 2.1 Motivações
para a construção da capela 2.2 Análise tipológica
da Capela do Bom Jesus de Tralhariz 2.3 Análise artística
da Capela do Bom Jesus de Tralhariz 2.4 Autoria e datação das pinturas murais
da Capela do Bom Jesus de Tralhariz 3. Os notáveis de Tralhariz em meados do século
XVIII 3.1 A Casa do Pátio e os Morgados de Tralhariz 4. As famílias que
deram origem à Casa de Tralhariz 4.1 A ascendência
do Dr. Luís António de Sampaio e Melo nos Tavares de Vilarinho da Castanheira 4.2 A ascendência
do Dr. Luís António de Sampaio e Melo nos Morais das Selores e nos Sampaios de
Ansiães 5. Os proprietários
da Casa de Tralhariz na segunda metade do século XVIII 6. Esboço biográfico
do Dr. Luís António de Sampaio e Melo 6.1 A morte do Dr. Luís António de Sampaio e
Melo, na Casa de Tralhariz 7. Os filhos do Dr. Luís António de Sampaio e
Melo 7.1 O casamento de
Feliciana Augusta de Sampaio e Melo com António de Frias Sarmento 8. A descendência de António de Frias
Sarmento e Feliciana Augusta de Sampaio e Melo 8.1 Francisco António
de Frias Sarmento 8.2 Cândido Albino de
Frias Sampaio e Melo 8.3 Maria Teresa
Augusta de Frias Sampaio e Melo 8.4 Maria Isabel de
Frias Sampaio e Melo 8.5 A repartição da herança de António
de Frias Sarmento 8.5.1
Análise do inventário de bens de António de Frias Sarmento e de Feliciana
Augusta de Sampaio e Melo 8.5.2 O inventário feito por morte de Feliciana
Augusta de Sampaio e Melo 9. Esboço biográfico
de Cândido Albino de Frias Sampaio e Melo 9.1 O casamento das
filhas de Cândido Albino de Frias Sampaio e Melo 9.2 A importância da
Casa de Tralhariz no início do século XX 10. A Casa de
Tralhariz como casa de Feliciana Gonçalves Martinho 11. A Casa de
Tralhariz como propriedade do Dr. Manuel Joaquim Pereira dos Santos 12. Descrição da Casa de Tralhariz 12.1 O alçado principal 12.2 A pedra de armas
da Casa de Tralhariz 12.3 O terreiro da Casa de Tralhariz 12.4 O alçado posterior da Casa de Tralhariz 12.5 O interior da ala
poente 12.6 A sala do oratório
e a escadaria vinda do recebimento 12.7 A ala nascente 12.8 O piso inferior
da Casa de Tralhariz 12.9 O espólio
existente na Casa de Tralhariz 12.10 Os anexos da Casa de Tralhariz Conclusão
Este livro tem como base um estudo elaborado em 2003 para o gabinete de arquitectura "R+D – Arquitectos Associados, Lda.", tendo em vista a classificação dos imóveis em causa como de Interesse Concelhio, no âmbito de um projecto de Turismo de Habitação chamado Casal de Tralhariz. Atendendo ao facto de existirem várias diferenças entre este livro e o estudo original, informamos que a versão policopiada deve ser procurada na Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães ou consultada na respectiva Biblioteca Municipal. Deixamos aqui uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que nos ajudaram a conhecer melhor a história de Tralhariz e dos dois edifícios estudados, quer através de elementos concretos, quer através das facilidades concedidas.
O livro "A Casa de Tralhariz e a Capela do Bom Jesus", cujo preço de venda ronda os 15 €, encontra-se oficialmente esgotado. É possível que ainda existam alguns exemplares dispersos. Por favor, contacte, em alternativa: a Direcção de Marketing e Comunicação da Universidade Lusófona do Porto, Rua Augusto Rosa, 24, 4000-098 Porto, Tel. 22 207 32 32 / 30 - ext. 3128 (A/C Sofia Brandão), Fax. 351 22 200 15 28; ou a Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho - APHVIN / GEHVID, Rua da Restauração n.º 318, 4050-501 Porto, Telefone 226 077 340
Veja-se imagens actuais da casa, no portal do Casal de Tralhariz
ERRATA E ADENDA Graças
a importantes achegas recebidas da D. Maria Alice Pereira Redondo (nascida no
Castanheiro em 1932), a qual privou com os proprietários da Casa de Tralhariz
durante muitos anos, podemos corrigir e acrescentar o seguinte: p. 12 A Inês
Botelho, referida no primeiro parágrafo, chegou a ser também proprietária da
Casa do Pátio e até do terreno onde se encontra a Ermida do Bom Jesus, apesar
de ter falecido pobre, por não ter tido capacidade mental para gerir as
propriedades que detinha em Tralhariz. A sua morte terá ocorrido nos primeiros
anos do século XX, segundo indicação da D. Maria Alice Pereira Redondo. p. 71 Onde se
lê "Maria Isabel Sampaio – que viria a ser criada na Casa de
Tralhariz", deve ler-se "Maria Isabel Sampaio – que viria a ser
governanta na Casa de Tralhariz". Segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, Maria Isabel Sampaio era uma pessoa muito caridosa e,
apesar de não ter sido gerada dentro do casamento, sempre foi tratada
pela família do seu pai como membro da família. p. 73 Como
acrescento à nota 274, diga-se que, segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, a filha de Cândido de Frias que casou com o Dr. Domingos
de Frias Sampaio e Melo (seu primo) recebeu em herança os bens do pai nas
Areias, pelo que a mudança de residência do casal para este lugar pode
ter ficado a dever-se a tal facto. p. 77 Como
acrescento à nota 295, diga-se que, segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, a filha de Feliciana Albina Nunes de Frias (ou Feliciana
Gonçalves Martinho) que viveu no Porto foi Magnífica, e não Maria da Glória.
Segundo a mesma fonte, depois da morte da mãe, Magnífica entregou a gestão
das propriedades do Casal de Tralhariz ao seu primo António de Frias Filipe,
mas por muito pouco tempo. p. 80 Na
primeira metade da página, são referenciadas duas irmãs, Ana
Dulce Pereira dos Santos, dada como solteira, e Lucília Pereira dos Santos,
dada como casada com Carlos Viana. Porém, segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, Carlos Viana (que também esteve ligado aos Correios),
casou com Ana Dulce Pereira dos Santos (e não com Lucília, que terá
sido professora), tendo tido dela geração. Na mesma
página, segundo a D. Maria Alice Pereira Redondo, existe ainda um erro de
atribuição, relativamente à mulher do Dr. Eurico Manuel Pereira
dos Santos, Maria Lívia Múrias. Não terá sido ela quem serviu de
modelo para as mãos da imagem de Nossa Senhora das Dores da Igreja do
Castanheiro, mas sim a sua sogra, Joaquina Augusta Pereira da Cruz, a qual
supomos estar retratada na p. 79. Aliás, Joaquina Augusta Pereira da Cruz era
natural de S. Mamede de Riba Tua, terra natal dos Teixeira Lopes, um dos quais
terá sido o executante da imagem, quando Joaquina Augusta Pereira da Cruz era
ainda estudante. p. 84 No
terceiro parágrafo, referente à data de aquisição da Casa de
Tralhariz por parte do Dr. Manuel Joaquim Pereira dos Santos, segundo indicação
da D. Maria Alice Pereira Redondo, esta aquisição terá ocorrido em
Setembro de 1943, época em que as propriedades do Casal de Tralhariz estavam
algo negligenciadas, pois a anterior proprietária – Feliciana Gonçalves
Martinho – viveu os seus últimos anos de vida na Régua, por motivos de
saúde. O Dr. Manuel Joaquim Pereira dos Santos teve, pois, de empreender
grandes reformas nas suas novas propriedades, assim como na casa, no que foi
coadjuvado por José Maria Caêjo (conhecido como José Romão), avô
materno da referida D. Maria Alice Pereira Redondo, de quem recebemos estes
esclarecimentos. p. 86 Na
legenda das Figs. 54 e 54A, deve acrescentar-se que ainda é viva a Dra. Maria
do Céu Pimentel dos Santos (Lírio), segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, dada em Janeiro de 2010. p. 88 Onde se
lê "a julgar pela data de 1948 existente à entrada, foi o Dr.
Manuel Joaquim Pereira dos Santos quem mandou abrir uma mina para a quinta da
Casa de Tralhariz", deve ler-se "a julgar pela data de 1948 existente
à entrada, foi nesse ano que o Dr. Manuel Joaquim Pereira dos Santos
mandou prolongar a mina existente na quinta da Casa de Tralhariz", segundo
informação da D. Maria Alice Pereira Redondo. p. 95 Como
acrescento à nota 340, diga-se que, segundo indicação da D. Maria
Alice Pereira Redondo, esta peça de teatro era da autoria de Marcelino Mesquita
e foi representada em 1949. A própria D. Maria Alice Pereira Redondo incarnou
então a figura da Rainha D. Leonor. Para além
destas, recebemos outras achegas da D. Maria Alice Pereira Redondo, as quais não
entram em contradição com as informações constantes do livro,
antes o complementam, nomeadamente no que diz respeito às suposições
vertidas no capítulo 12.3. Porém, estas achegas constituem já outras histórias,
que poderão vir a ser contadas, sim, mas em outro contexto.
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