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restauro arquitectónico
materiais e critérios

 

Gáfete: casa quinhentista com reboco deteriorado 

- curso livre -

  

 

As datas concretas e o nome da instituição que organizará este curso serão divulgados assim que estejam definidos.

 

 

  

Destinatários do curso

Estudantes universitários de licenciaturas e de pós-graduações, sobretudo das seguintes áreas: História da Arte, Património, Conservação e Restauro, Arquitectura, Museologia, História, Arqueologia e Engenharia Civil.

Investigadores e docentes universitários das áreas supramencionadas ou de áreas conexas;

Técnicos de autarquias e de organismos oficiais centrais (IHRU, IGESPAR, etc.), Arquitectos e responsáveis por gabinetes de centros históricos, de SRUs ou GTLs; Conservadores/restauradores; Responsáveis por edifícios históricos (igrejas e conventos, museus, casas solarengas, etc.); etc.

Outros interessados no tema do Restauro Arquitectónico, independentemente da sua formação.

 

 

Horário do curso

Para facilitar a deslocação de participantes de todo o país, este curso desenrolar-se-á em formato intensivo.

 

Datas a divulgar oportunamente

total: 14 horas

LOCAL: a definir

 

 

 

       

Valores da inscrição:

(a divulgar oportunamente)

 

 

 

 

 

 

 

restauro arquitectónico

materiais e critérios

 

 

objectivos do curso

Este curso livre é a reformulação de dois cursos já realizados na Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 2004 (Conservação e Restauro de materiais pétreos e materiais cerâmicos aplicados à arquitectura) e em 2005 (Conservação e Restauro de núcleos históricos – materiais, critérios e metodologias). O elevado interesse que estes cursos despertaram motivaram a nova edição que agora se apresenta, com ligeiras alterações no plano temático. Assim, tal como nos cursos de 2004 e 2005, pretende-se sobretudo chamar a atenção para vários aspectos geralmente negligenciados no ensino da Conservação e Restauro, como a evolução histórica no trabalho dos materiais, os critérios de avaliação patrimonial e as consequentes estratégias de intervenção.

A problemática da Conservação e do Restauro é um tema plenamente actual em Portugal: muitos falam sobre Património sem terem noção do seu verdadeiro significado e até o discurso político, sobretudo ao nível local, parece ser cada vez mais permeável a estas questões. A própria noção de Património tem vindo a modificar-se irremediavelmente e a verdade é que a formação dos técnicos que intervêm no nosso Património imóvel evidencia vários desfasamentos e lacunas. Mesmo através dos currículos académicos actuais, essas lacunas não estão ainda minimamente colmatadas. Os próprios cursos superiores em Portugal na área da Conservação e Restauro são recentes e nem sempre com a qualidade científica exigível. Os frequentes e bem conhecidos relatos de intervenções de Conservação e Restauro mal efectuadas em edifícios históricos são apenas um dos reflexos mais problemáticos destas lacunas de formação. Estamos perante uma área do conhecimento que não pode ser abordada com ligeireza. Paradoxalmente, hoje em dia em Portugal, a Conservação e Restauro é provavelmente a área científica ligada ao Património em que se dizem mais disparates e em que maior desfasamento existe entre a teoria e a prática.

Procurando, precisamente, colmatar as lacunas de formação existentes, propomos neste curso uma abordagem à Conservação e ao Restauro voltada para a recuperação e conservação de núcleos históricos (focando sobretudo as fachadas das casas de habitação vernaculares anteriores ao século XX) e, complementarmente, para a recuperação e conservação de edifícios históricos (igrejas, conventos, solares, etc.).

O curso não será exclusivamente técnico. Pelo contrário, as abordagens que irão ser feitas destinam-se também a definir melhor o valor patrimonial de determinados componentes da arquitectura vernácula portuguesa e a formar um maior espírito crítico quanto aos critérios de recuperação de edifícios antigos.

Ao contrário do que é habitual em outra formação em Conservação e Restauro em Portugal, não serão feitas meras declarações de intenções sobre estes temas, mas procurar-se-á sobretudo fazer a crítica fundamentada ao que tem sido feito nesta área nos últimos anos, inclusive a intervenções que são geralmente (e impropriamente) elogiadas. A imagem será um recurso permanente e abundante (mais de mil fotos originais vão ser projectadas e comentadas). Será também distribuída documentação.

 

 

 

Conteúdos temáticos do curso

 

Parte 1: conhecer os materiais e as técnicas

·        Técnicas antigas de construção em cantaria (fachadas, ornato, escultura pública). Os materiais e a evolução histórica da sua utilização. Causas de alteração dos materiais pétreos. Patologias dos materiais pétreos.

·        Técnicas antigas de produção cerâmica aplicada à Arquitectura. Os materiais e a evolução histórica da sua utilização. Causas de alteração e patologias dos materiais cerâmicos (azulejo e estatuária de fachada).

·        Técnicas antigas de fundição e serralharia aplicada à Arquitectura (gradeamentos e portões). Os materiais e a evolução histórica da sua utilização. Causas de alteração e patologias dos materiais ferrosos.

 

Parte 2: estratégias de conservação e restauro dos materiais

·        Estratégias de intervenção conservativa nos materiais pétreos, ferrosos e cerâmicos aplicados à arquitectura e à escultura pública. Problemas de interacção física e química entre materiais. As argamassas de reboco e a actual utilização abusiva do cimento no restauro arquitectónico.

·        Principais produtos e equipamentos para intervenções conservativas nos materiais pétreos, ferrosos e cerâmicos aplicados à arquitectura e à escultura pública.

 

Parte 3: CRITÉRIOS de AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

·        A problemática do restauro arquitectónico em Portugal – breve síntese histórica e situação actual, focando-se especialmente a arquitectura vernacular (em conjuntos urbanos ou rurais de grande valor patrimonial).

·        Definição de critérios para o restauro e a conservação dos materiais pétreos, cerâmicos e ferrosos, conforme o contexto de cada edifício ou conjunto de edifícios e o seu valor patrimonial relativo.

   

Total: 14 horas

 

 

formadores:

Francisco Queiroz

É possível que as componentes mais práticas do curso venham a ser ministradas por um formador convidado (a confirmar).

 

Saiba mais sobre outros cursos semelhantes que já ministrámos:

conservação e restauro de materiais pétreos e materiais cerâmicos aplicados à arquitectura

conservação e restauro de núcleos históricos

restauro urbano integrado

Azulejaria e ornamentação cerâmica na arquitectura do romantismo - História, Técnicas, Conservação e Restauro

 

veja também Conservação e Restauro - consultoria

 

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Em linha desde (online since): 2004 | Página actualizada em (last modified): 17-10-2011